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Sugestões de leituras:

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Português é língua de muitas culturas e muitas literaturas, pelo menos tantas quantos os países que a falam (bem mais do que eles, em boa verdade). Fiquemo-nos pela literatura: a aprendizagem da língua portuguesa tem de andar de par com um olhar sobre os textos e escritores que dela fizeram uso, em África, ou melhor, nas várias Áfricas, por serem plurais os territórios do Português e suas literaturas, no Oriente, particularmente em Macau, em Timor e na India, e no Brasil.
Faltava essa dimensão universal ao olhar sabiamente traçado na História da Literatura Portuguesa, de Antonio Jose Saraiva e Óscar Lopes, saída em 1959. Além de que lhe faltava um olhar diferente sobre um mundo novo, que muito mudou o mundo desde esse longínquo 1959. E também um olhar que pudesse ser percebido pelos milhares de aprendentes do Português em todas as longitudes, com os seus condicionalismos próprios: um público heterogéneo, com patamares de conhecimento muito assimétricos, com interesses diversificados. Ou seja: uma obra acessível, mas rigorosa, útil a quem se limita à superfície das coisas, mas não menos instrumental para quem pretende descer mais fundo na sua reflexão e no seu conhecimento.
Tal é o roteiro deste As Literaturas em Língua Portuguesa, traçado pela mão experiente e conhecedora de José Carlos Seabra Pereira.

"A crítica tende a situar João Cabral de Melo Neto e Carlos Drummond de Andrade como os maiores poetas brasileiros do século XX. Embora sejam ambos, efetivamente, poetas excepcionais, não o são do mesmo modo. Grandes poetas acrescentam capítulos à história da literatura, e certamente Drummond escreveu textos fundamentais de nossa poesia. Mas autores como João Cabral, em vez de acrescentarem capítulo, logram criar outra gramática".
(Antonio Carlos Secchin)

A Biblioteca da Academia é um projeto conjunto da Glaciar e da Academia Brasileira de Letras. Funda-se no desejo de oferecer ao público português uma visão panorâmica altamente representativa da produção literária brasileira por meio das obras dos seus escritores académicos nos campos da ficção, da poesia e do ensaio.

Editora Glaciar

"Laços de família é um dos mais extraordinários livros de contos escritos em língua portuguesa. [...] Situando-se numa zona de fronteira, a literatura de Clarice implica a exclusão de qualquer tipo de hierarquizações e propõe a instauração de um espaço de errância: não ser de nenhum lugar ou amplamente existir numa gravitação que é de todos os lugares". - (Carlos Mendes de Sousa)

Imprensa: "Um livro de contos excelente desde o início, muito bem recebido pela crítica.

Editora Cotovia

A figura de Melo Neto é a personificação da poesia da década de 50.

"O absoluto primado da visualidade e da espacialidade constitui o centro ordenador da poética cabralina". (Carlos Mendes de Sousa)

Editora Cotovia

"Teolinda Gersão: encenações, de Annabela Rita, constitui-se como um livro fundamental para a hermenêutica da obra de Teolinda Gersão, uma das nossas melhores escritoras vivas, com obra absolutamente marcante no campo do romance, do conto e da diarística.

É notável este encontro entre Teolinda Gersão e Annabela Rita. Desde o seu primeiro romance, O Silêncio (1981), a escritora tem vindo a revolucionar a arte da escrita /…/. Assim, nenhuma outra analista da literatura que Annabela Rita, devido à sua singular hermenêutica de integração da Literatura no todo das Artes, combinando texto com pintura, texto com música, texto historiográfico com texto mítico e com o complexo mental estético, estaria em condições de perfazer um balanço do todo da obra publicada de Teolinda Gersão, libertando-a (à obra) de uma contextualização realista e de um encarceramento histórico do presente, estatuindo-lhe um vínculo cultural.

Teolinda Gersão: encenações é, assim, um ensaio literário simultaneamente cultural e historiográfico que, estamos certos, marcará indelevelmente não só o horizonte ensaístico português como se tornará determinante para uma compreensão global da obra de Teolinda Gersão."        ( Miguel Real )

"Procedimentos autocitacionais criam nexos subtis de intertextualidade e promovem o efeito de reconhecimento autoral e de continuidade na diversidade. Cada texto surge, assim, integrado num alongado ciclo de escrita, misto de memorialismo interior e de exercício ensaístico. Ciclo de ciclos, informado de uma dimensão simbólica que oscila entre os sentidos lúdico, fantástico, mágico e sobrenatural que também dissolve as fronteiras da sua ficção: o narrativo tradicional, suportado na fluência da voz discursiva, invade esses outros territórios mais marginais a ele, contaminando-se das suas realidades e das suas lógicas." (Annabela Rita)

Editora Edições Esgotadas

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“Numa época em que as Humanidades estão a tornar-se cada vez mais marginais e residuais no quotidiano das comunidades, nos programas académicos, nos planos nacionais, em que o humano é alvo de violência viralmente replicada insensibilizadora das sociedades, e que a ética foi substituída pela legalidade, a palavra pelo documento, a confiança pela suspeita, a certeza pela incerteza, os ídolos caíram dos pedestais, alguns temas e disciplinas centrais na cultura humanista passaram a sr olhados com alguma suspeita por aqueles que a observam ao lado da nova doxa, hoje, o “politicamente correto”: temas ou disciplinas que favorecem a consciência das coisas, a intelecção das manipulações e das mistificações, a perceção da mudança… por isso, são perigosos!

 

Esta coleção procura elencar alguns desses temas e disciplinas que nos iluminam e esclarecem, promovendo uma consciência crítica das nossas circunstâncias, refletindo sobre o que torna suspeitas as Humanidades para as esferas afins do exercício do poder (do conhecimento, da política, da economia, da comunicação, etc.), da doxa.

Diretoras da Coleção: Annabela Rita & Isabel Ponce de Leão

Editora Edições Esgotadas

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